Assinala-se esta quarta-feira [04.01.2023], o Dia Mundial do Braille, o sistema de leitura e de escrita por meio do toque, que permite que pessoas com deficiência visual leiam qualquer conteúdo textual. A efeméride é uma homenagem a seu criador, Loius Braille, que ficou cego em 1812, aos 3 anos de idade.
Aos 20, estava-se em 1829, conseguiu formar um alfabeto com diferentes combinações de 1 a 6 pontos com o objectivo de facilitar a percepção de qualquer conteúdo escrito, num método simples e engenhoso que não tardou a beneficiar, com particular realce, as pessoas com deficiência visual e amblíopes, constituindo-se num dos vectores de reintegração social.
O Braille é composto por 64 sinais, gravados em papel em relevo. Estes sinais são combinados em duas filas verticais e justapostas, à semelhança de um dominó ao alto. A leitura faz-se da esquerda para a direita e é deste modo como pessoas com deficiência visual lêem e percepcionam conteúdos de livros, folhetos de medicamentos, receitas e outros documentos.
Em Angola, o Executivo tem implementado políticas para tornar o ensino o mais inclusivo possível. Em 2016, foi inaugurada a primeira gráfica de produção em linguagem Braille e no início de 2020, o Ministério da Educação distribuiu 22 mil livros em Braille, numa altura em que Angola tem mais de 20 escolas de ensino especial, mais de 800 instituições de ensino inclusivo e aproximadamente 30 mil alunos.